Sumario:
GuineanA
Euskal Herriko Unibertsitateko Argitalpen Zerbitzua/Servicio Editorial de la Universidad del País Vasco.
Nº 8 - 2002
A flora e a vegetaçâo do superdistrito Sadense (Portugal)
Autor: Carlos Silva Neto
Neste trabalho pretendeu-se estudar a flora e a vegetação da faixa litoral entre Tróia e Sines, numa perspectiva fitossociológica, a qual é cruzada com estudos geomorfológicos, pedológicos e climatológicos, efectuados com o objectivo de entender os principais factores que comandam a distribuição das comunidades vegetais.
Em geral, a vegetação da área estudada é influenciada por um clima de características mediterrânicas com influência atlântica e um bioclima termomediterrânico inferior, segundo a classificação de (Rivas-Martínez, 1996).
A flora e vegetação da área estudada foi organizada em seis grandes biogeossistemas, os quais se individualizam pelas comunidades vegetais que lhes são próprias e pelas características lito-morfo-pedológicas: - Praias e dunas litorais sob a influência da salsugem. - Dunas e coberturas arenosas interiores. - Arribas litorais areníticas e conglomeráticas. - Superfícies constituídas pelos materiais areníticos e conglomeráticos da Formação da Marateca. - Espaços húmidos com solos turfosos. - Espaços húmidos sem solos turfosos.
A flora destas seis unidades é maioritáriamente mediterrânica, mas verifica-se a presença de muitos elentos florísticos atlânticos, como resultado das flutuações climáticas Quaternárias. A originalidade de muitas das comunidades vegetais identificadas, reside nesta sobreposição, no mesmo território, de espécies atlânticas e espécies mediterrânicas.
Como resultado de uma profunda e longínqua acção antrópica, as comunidades vegetais correspondentes às várias cabeças de séries, estão pouco representadas e as etapas de substituição, mais ou menos degradadas, constituem a vegetação dominante. |